Segundo estimativas do sindicato dos restaurantes do Caribe colombiano, a reforma trabalhista aumentará os custos em até 8,95%.
A Associação Colombiana da Indústria Gastronómica (Acodres) do Atlântico manifestou a sua preocupação com as consequências económicas que poderão resultar da aprovação dos artigos 13 e 17 da reforma laboral, um dos principais projectos do Governo de Gustavo Petro.
Carlos Chemas, presidente da Acodres Atlántico, destacou que o artigo 13, que adianta o pagamento dos adicionais nocturnos a partir das 19h00 em vez das 21h00, como está actualmente regulamentado, poderá aumentar os custos de funcionamento dos restaurantes em até 8,95 %.
Este aumento, disse Chemas, seria inevitavelmente repercutido no consumidor final, o que poderia encarecer os preços dos alimentos e afectar a afluência de comensais nos estabelecimentos.
Leia também: Como melhorar a comunicação com os funcionários do restaurante?
Por outro lado, o artigo 17 também gera preocupação, pois propõe o aumento gradual das sobretaxas de trabalho em dias de descanso. Embora a mudança fosse progressiva, com uma sobretaxa de 80% até 2025, 90% em 2026 e atingindo 100% em 2027, os restaurantes sentiriam um impacto considerável.
O aumento dos custos não afetaria apenas os restaurantes, mas também os clientes, uma vez que preços mais elevados poderiam reduzir o fluxo de clientes. “Se os preços dos alimentos aumentarem, o número de clientes provavelmente diminuirá”, alertou Chemas.
Relativamente à possibilidade de ajustar o horário de funcionamento para evitar o impacto dos acréscimos nocturnos, Chemas rejeitou esta opção, afirmando que não seria viável eliminar serviços como almoço ou jantar, que representam uma parte importante da arrecadação diária.
Você pode estar interessado em:
O que é necessário para abrir um restaurante na Colômbia: regulamentos, licenças e principais requisitos
Café San Alberto abre templo do café em Bogotá