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Café del Mar em Cartagena perde última batalha judicial para permanecer no Baluarte de Santo Domingo

O emblemático Café del Mar esgotou os seus recursos legais para permanecer dentro dos muros de Cartagena. O Tribunal Administrativo de Bolívar rejeitou o seu último recurso, marcando o fim de uma disputa legal de anos sobre a fortaleza.

O Tribunal Administrativo de Bolívar rejeitou o último recurso do Café del Mar, conhecido bar ao ar livre localizado no Baluarte de Santo Domingo, após o despejo ordenado pela Comarca de Cartagena em 2 de setembro.

A decisão estabelece que o establishment popular deve abandonar permanentemente o baluarte, permitindo que as autoridades locais recuperem o controlo deste espaço patrimonial.

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Com esta decisão, a Administração do Espaço Público de Cartagena e a Inspetoria Policial têm rédea solta para a restituição total da área, pondo fim ao esforço da empresa para permanecer no local histórico.

Um marco na defesa do patrimônio cultural de Cartagena

A decisão final no caso Café del Mar representa um avanço importante na proteção do patrimônio cultural de Cartagena. O conflito, iniciado em 2019, quando o Tribunal Administrativo de Bolívar declarou que o arrendamento do local era irregular e que o valor do aluguel não correspondia ao valor real da área, tem sido objeto de intensa batalha jurídica.

A decisão de despejo devolve o baluarte de Santo Domingo ao uso público, depois de anos em que foi símbolo de exclusividade e entretenimento privado.

O prefeito de Cartagena, Dumek Turbay, expressou sua visão de transformar o espaço no “Baluarte de la Gente”, um espaço público gratuito que incluirá programação cultural e musical acessível a todas as idades.

A proposta do prefeito busca devolver ao baluarte a sua essência de ponto de encontro de cartagenenses e visitantes, ao mesmo tempo que destaca seu valor histórico.

Fim de uma disputa de anos

A polêmica entre o Café del Mar e o Distrito de Cartagena manteve em suspense cidadãos e defensores do patrimônio, que argumentavam que as muralhas de Cartagena, construídas para proteger a cidade de invasões nos séculos passados, deveriam ser abertas ao acesso e à fruição. de todos.

«O despejo foi enquadrado no cumprimento de uma decisão do Conselho de Estado, que em 21 de novembro de 2022 ordenou à Oficina Escola Cartagena de Indias (Etcar) a liquidação do contrato de arrendamento com o Café del Mar, garantindo que violava direitos coletivos. à fruição do espaço público e à defesa do patrimônio cultural”, afirma o tribunal superior em uma das seções da decisão.

Esta decisão de segunda instância responde ao recurso apresentado pelo bar-restaurante, na sequência da decisão do Tribunal Administrativo de Bolívar que, desde 2019, declarou violado o direito de utilização do espaço público.

Além disso, o tribunal indicou que o valor do aluguer do Baluarte de Santo Domingo estava muito abaixo do seu valor real, que, segundo as autoridades, deveria rondar os 150 milhões de dólares por mês.

Este foi o despejo

No dia 2 de setembro, a Prefeitura de Cartagena, seguindo ordem do Conselho de Estado, iniciou o processo de restituição do espaço público do baluarte de Santo Domingo.

O restaurante, conhecido pela vista exclusiva e ambiente seleto, ocupou mais de 80% desta joia arquitetônica, declarada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.

No entanto, este espaço só era acessível aos clientes do bar, principalmente turistas estrangeiros dispostos a pagar pela oferta de bebidas e pratos.

A decisão do Conselho de Estado de novembro de 2022 foi clara: o contrato de arrendamento entre o Café del Mar e a Escola Oficina de Cartagena (Etcar) teve que ser anulado, por violar os direitos coletivos de fruição do espaço público e de proteção do património . cultural.

Embora a primeira intervenção tenha permitido a recuperação de parte do imóvel, a área destinada à cozinha e bar do restaurante ainda estava sob controlo do bar.

A disputa judicial continuou quando o restaurante interpôs recurso perante o Tribunal Administrativo de Bolívar, argumentando que o despejo total deveria ser ordenado pelo Conselho de Estado e não pelo tribunal.

Foto de : Distrito de Cartagena

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