segunda-feira, dezembro 23, 2024
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Como tocar o céu com os pés no chão

Na Expobar 2024, Juan Manuel Barrientos compartilhou suas perspectivas sobre o sucesso, sua vida como empresário e os sonhos que motivam seu dia a dia na indústria gastronômica.

No âmbito da Expobar 2024, feira organizada pela Asobares Colômbia nos dias 19 e 20 de novembro em Bogotá, a Revista Buen Gusto teve o prazer de entrevistar Juan Manuel Barrientos Valencia, chef e empresário do Restaurante El Cielo, que se consolidou como uma figura chave no panorama gastronômico mundial. O painel “Da Colômbia a El Cielo” também foi moderado por Eduardo Montoya, diretor executivo da Asobares.

Você sempre se sentiu uma pessoa de sucesso?
Sim, ficou claro desde o início. Sempre me senti uma pessoa de sucesso porque fazia o que amava.

Este é o melhor momento para você e El Cielo?
Hoje me sinto muito feliz com o que conquistei, mas tenho uma frase na cabeça: “Não cheguei aqui só por chegar”. Este não é o máximo do meu potencial, embora esteja satisfeito com o caminho percorrido.

Como surgiu a sua visão da El Cielo como uma marca de luxo?
Em 2008 ou 2009, quando El Cielo Medellín tinha um ano, fui a uma convenção de paz no Havaí. Lá conheci Morimoto, um renomado chef com rede própria de restaurantes, e entendi que minha culinária tinha que se tornar uma marca de luxo, não apenas um restaurante. Essa decisão foi uma das mais bem-sucedidas e desafiadoras.

Você já enfrentou momentos difíceis em El Cielo?
Definitivamente. Na Colômbia, El Cielo faliu três vezes em 17 anos. Cada uma dessas crises foi como um mestrado que me ensinou a aplicar o que sei e a descobrir energias que eu não sabia que tinha.

Como foi o processo de internacionalização?
Internacionalizar-se foi um desafio, especialmente porque os lucros em pesos tiveram de ser convertidos em dólares, contra a corrente. A abertura em Miami foi um dos momentos mais difíceis, enfrentando leis federais e estaduais, além de uma economia diferente.

Você se arrepende de alguma decisão?
Não. Mesmo quando algumas decisões não deram o resultado esperado, não me arrependo. Com os erros aprendi a ter foco, a conhecer os mercados e a não crescer tão rápido. As dificuldades também me levaram a crescer como empresário.

Foi difícil dar o salto para a hospitalidade?
A transição para a hospitalidade foi natural. No El Cielo Medellín gerenciamos processos precisos na cozinha, o que facilitou o entendimento e a execução da operação do hotel. Foi como se já estivéssemos treinados para o nível de detalhe que este setor exige.

Como conseguiram a primeira estrela Michelin?
Não estamos procurando por isso. Formamos uma equipe em Washington, isolada das operações em Miami, Medellín e Bogotá. Focámo-nos em fazer o que sabíamos melhor, aperfeiçoando o modelo de negócio. A estrela chegou apenas três meses depois de abrir o restaurante em Washington.

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Como você lida com a pressão de manter uma estrela Michelin?
É uma grande responsabilidade, mas se você decidir recebê-la, você aceita esse fardo de forma consciente. Para nós, aproveitar o processo é fundamental. Se você não gosta de empreendedorismo, qualquer coisa pode parecer uma gaiola, não importa o quão bem-sucedido você seja.

Que conselho você daria a outros empreendedores?
Disciplina é essencial. Além de estratégias ou tendências, consistência é o que define o sucesso. Além disso, investir na cultura corporativa e na formação das equipes é muito mais valioso do que focar apenas em infraestrutura ou ativos tangíveis.

Como você vê a Colômbia como destino gastronômico?
Estamos no caminho certo. Os chefs devem continuar a representar o país em embaixadas e festivais internacionais. Precisamos também abrir mais restaurantes colombianos no exterior e promover o turismo gastronômico para fortalecer o posicionamento do país.

Como você comemora seus sucessos?
Trabalhando. Cada vez que recebo um reconhecimento, no dia seguinte volto ao trabalho. Para mim, o sucesso é celebrado fazendo mais daquilo que você ama e do que o levou a alcançá-lo.

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