sábado, maio 17, 2025
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A arte da fotografia gastronômica

Com mais de 150 marcas participadas, o Jockfran converte a fotografia em uma ferramenta estratégica para crescer no setor gastronômico.

Quando Jockfran Moreno chegou à Colômbia da Venezuela em 2016, ele não estava claro para o que faria. Como editor de treinamento audiovisual e com uma câmera emprestada, ele começou a explorar a fotografia social: casamentos, eventos, retratos de família.

Mas algo necessário. “Eu senti que não estava totalmente conectado ao que estava fazendo, como se estivesse perdendo algo mais meu, mais genuíno”, lembra ele. Essa pesquisa levou, sem querer, a combinar duas de suas paixões: cozinha e imagem.

Hoje, Jockfran fotografou a essência de mais de 150 restaurantes e marcas de produtos na Colômbia. Ele fez isso com sua esposa, designer gráfica, em um projeto de vida que nasceu em Pandemia, em casa, sem estudos, sem clientes, apenas com a certeza de que eles poderiam contar boas histórias através da comida. “Tudo começou com os pratos que ela cozinhou. Tirei fotos com o telefone celular. Foi apenas por prazer, mas sem perceber que estávamos treinando os olhos”, diz ele.

No meio dessa experimentação, Jockfran comprou algumas sobremesas em uma padaria no norte de Bogotá. Ele os levou para casa, tirou algumas fotos e os enviou, sem aviso prévio, para a conta do Instagram comercial. “Eu disse a eles: 'Fui à sua padaria, gostei do produto, compartilho essas imagens.' E o inesperado aconteceu: o proprietário respondeu depois de um tempo, agradecido, e ela me disse que eu estava apenas procurando um fotógrafo para renovar sua carta “, lembra ele. Essa foi a primeira porta.

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Desde então, a boca da boca fez seu trabalho. Correntes como The Grill, Yakitori ou Don Benítez chegaram, além de marcas de produtos embalados. “Nós nos especializamos em restaurantes e comida. No final, é a mesma coisa: faça a imagem se conectar com o consumidor”, explica ele.

E embora a fotografia seja seu eixo principal, por um ano e meio, eles também produzem conteúdo audiovisual para marcas gastronômicas. “Nós nos concentramos especialmente nos vídeos de preparação. Muitos chefs e restaurantes procuram que mostrem suas receitas em ação, com boa estética, bom ritmo e uma narrativa consistente com a marca”, explica ele. Esta nova linha complementou seu portfólio e permitiu ao fortalecimento de sua proposta como um estudo criativo especializado.

Mais do que belas fotos

Mas uma boa câmera ou boa iluminação não é suficiente. Para Jockfran, a chave está na pré -produção. “Muitos acreditam que é chegar, colocar luzes e atirar. Mas o mais importante é entender o que o cliente deseja se comunicar. Que história deseja contar. Onde a foto será usada? Nas redes, em uma carta, em uma cerca? Cada meio requer uma intenção diferente”, explica ele.

Portanto, cada projeto começa com uma conversa detalhada. “Pedimos referências, idéias e até sentimentos. Com isso, montamos um placa de humoronde projetamos pegamos, cores, texturas. É como um script visual que compartilhamos com o cliente antes de fotografar a primeira foto. “

Quando ele trabalha com a culinária japonesa, por exemplo, ele não se limita a colocar o sushi em uma mesa. “Procuramos a linguagem visual do local. Pode ser a textura da madeira, a fraca luz da sala de estar ou um detalhe arquitetônico. A idéia é que quem vê a foto não apenas pareça o prato, mas sente que ele quer estar lá”.

Dicas da experiência

Ao longo do caminho, Jockfran coletou o aprendizado que hoje compartilha com aqueles que desejam melhorar a imagem de seus negócios gastronômicos. “A primeira coisa é entender que a fotografia não é tudo, mas é uma parte essencial do marketing. A imagem atrai, mas se não estiver conectada a uma estratégia, fica aquém”, alerta ele.

Sua segunda recomendação não é improvisar. “Organização. Essa é a palavra.

E o terceiro: confie em um profissional experiente. “Muitos contratam alguém porque é 'bom tirar fotos', mas nem todo mundo entende a lógica da comida. Luz, textura, composição, tudo conta. E tudo muda se for para uma rede social ou uma revista impressa”.

O próximo passo

Quando seu trabalho começou a ganhar visibilidade, surgiu uma nova necessidade: compartilhe o conhecimento. “Muitos fotógrafos que estavam começando a nos escrever dizendo que queriam aprender a alcançar essas imagens. Então, três anos atrás, decidimos lançar nossos cursos e Bootcamps“”, Diz Jockfran. Desde então, eles fizeram mais de 15 edições de suas oficinas em Bogotá, com mais de 600 estudantes treinados em fotografia de alimentos e produtos.

Alguns desses alunos vivem hoje e trabalham em outros países, aplicando o que aprenderam. “Estamos orgulhosos de saber que o que ensinamos tem impacto real. Não é apenas a teoria, é a experiência aplicada”, diz ele.

Esse trabalho acadêmico também foi reconhecido. Recentemente, a plataforma internacional de Foodelia, especializada em fazer fotógrafos gastronômicos visíveis, incluiu o Jockfran entre os perfis recomendados. Um apoio que chega a um momento importante para seus planos: expanda sua oferta para outros mercados. “Estamos trabalhando em portas abertas nos Estados Unidos e na Europa, especialmente na Espanha. Queremos nossa maneira de contar histórias visuais atravessando fronteiras”, diz ele.

Após cinco anos de trabalho formal neste campo, Jockfran relembra a gratidão. A câmera, que a princípio foi um experimento, tornou -se sua ferramenta para construir uma nova vida longe de casa. “Eu nunca pensei que acabaria vivendo disso. Mas descobri que existem muitas maneiras de contar histórias, e esse é o nosso. Através de sabores, texturas e luz”.

E embora ele tenha fotografado centenas de pratos, o que está mais animado não é o resultado final, mas o processo. “Cada foto é uma conversa com comida, com o chef, com espaço. E cada sessão é uma oportunidade de contar algo real, algo que dá famintos à alma, não apenas ao estômago.”

www.jockvisual.com
Instagram @jockvisual
Tiktok: @jockvisual

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