O veganismo já faz parte da vida de milhões de pessoas na Colômbia, impactando o consumo de alimentos e a renda dos restaurantes.
Todo dia 1º de novembro é comemorado o Dia Mundial Vegano, um momento para refletir sobre o impacto dessa escolha de estilo de vida na sociedade e no meio ambiente.
Globalmente, o veganismo e o vegetarianismo estão em franca expansão, impulsionando uma indústria que atinge mais de 14 milhões de dólares e que se prevê que atinja 1,4 mil milhões de dólares em 2050.
Na Colômbia, país com forte tradição em carne, o interesse por uma dieta sem produtos de origem animal não só se fortaleceu como registrou um crescimento notável nas vendas e na demanda.
Segundo dados da Acodres e Cluvi, a preferência dos colombianos por alimentos sem carne continua a crescer fortemente. Durante o primeiro semestre de 2023, o consumo de alimentos vegetarianos e veganos aumentou 158% e 433%, respectivamente, e gerou vendas de mais de 7,3 bilhões de pesos em restaurantes das principais cidades turísticas do país, como Bogotá, Medellín e Cartagena.
45% dos restaurantes analisados oferecem atualmente pelo menos um prato principal vegetariano ou vegano, respondendo à crescente procura dos consumidores que procuram opções mais saudáveis e sustentáveis.
Tendências do cardápio vegano colombiano
Os dados revelam que, embora o mercado de alimentos saudáveis na Colômbia ainda seja pequeno em comparação com outros países, o interesse está aumentando. Medellín lidera as vendas de comida vegetariana e vegana com receitas de 2.636 milhões de pesos, seguida por Cartagena e Bogotá.
Na verdade, a popularidade destes menus saudáveis transformou os menus em diversas categorias gastronómicas, desde a alta cozinha ao fast food, onde a comida vegetariana atinge uma penetração de 19,5% a 28%, enquanto as opções veganas representam entre 4,3% e 11,3%. da oferta.
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Entre os pratos mais populares, os hambúrgueres veganos lideram a preferência com 36% das vendas, seguidos pelas pizzas (23%), saladas (11,5%), massas (7,5%) e pratos de arroz (6,1%). Isto mostra que os colombianos não procuram apenas alimentos saudáveis, mas também querem desfrutar de versões vegetais dos seus pratos favoritos.
Um estilo de vida que beneficia o planeta
A adoção do veganismo e do vegetarianismo também traz benefícios para a saúde e o meio ambiente. A OMS observou que os veganos e vegetarianos têm um risco 12% menor de desenvolver cancro, 40% menos probabilidade de sofrer de doenças cardíacas e 50% menos probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2.
Em termos ambientais, estudos da Universidade da Califórnia e de Stanford indicam que parar o consumo de carne poderia reduzir as emissões globais de carbono até 68% em 15 anos, sublinhando o potencial desta escolha para mitigar as alterações climáticas.
O interesse global em alimentos isentos de carne animal ainda está sub-representado na América Latina, onde apenas o México e o Brasil aparecem no cenário global da alimentação saudável.
Na Colômbia, a empresa Kantar revela que 1 em cada 10 famílias consome produtos veganos e vegetarianos, especialmente em departamentos como Cundinamarca, Antioquía, Eje Cafetero e Santander. Cartagena, em particular, tem mostrado um crescimento contínuo na sua oferta saudável, com 45% dos seus restaurantes oferecendo opções vegetarianas ou veganas.
É de salientar que a alimentação saudável na Colômbia está a tornar-se cada vez mais acessível economicamente. Segundo Cluvi, um prato vegano ou vegetariano em um restaurante de alta cozinha pode custar entre 27 mil e 33 mil pesos, enquanto um cardápio tradicional fica em torno de 46 mil pesos. Este acesso melhorado não só responde à procura, mas leva mais consumidores a adoptar estas opções como parte da sua dieta regular.
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