Pedro Vasconcelos, que já foi um dos principais nomes da direção de teledramaturgia da Globo, disse que abriu mão de um salário de mais de R$ 120 mil por mês porque não queria “morrer” na emissora.
O que aconteceu
Vasconcelos disse que poucas pessoas abririam mão de um salário expressivo como o que ele ganhava, mas que sua decisão foi baseada em seu próprio conforto. “Não conheço ninguém neste país que abriria mão (de um salário de mais de) R$ 120 mil por mês e diria 'chega'. Meu primeiro salário na Globo como diretor foi de R$ 7.500 por mês e fui (desse valor) para mais de três dígitos ao longo de 20 anos, você cresce, construindo riqueza”, declarou no podcast Jannuzzi & Abuzze.
O ex-diretor disse que seus colegas duvidavam que ele deixasse a empresa. “Ninguém acreditava que eu iria embora, porque todos viam meu nível de dedicação e paixão pelo trabalho. Eles diziam 'Pedro vai morrer aqui, não tem como ele ir embora'.”
Pedro enfatizou que priorizou sua saúde. “Eu disse: 'Não vou ficar doente aqui'. E chega uma hora que você precisa mudar. Você não pode continuar fazendo a mesma coisa, eu acho que não. Eu não vou conseguir fazer a mesma coisa a vida inteira. Eu não queria terminar minha história na empresa no cemitério (como outros diretores)”.
Pedro Vasconcelos estreou na Globo como ator. No entanto, ele se destacou como diretor e esteve à frente de projetos de sucesso na emissora, como “Sítio do Pica-pau Amarelo” e as novelas “Império” e “A Força do Querer”. Desde que saiu da emissora, ele criticou o canal e chegou a dizer que a empresa “perdeu a alma e morreu”, além de criticar a atual gestão do Grupo Globo.
