A consultora Erika Silva deu-lhe as chaves para otimizar a gestão de marketing no restaurante.
Erika Silva, especialista em marketing gastronômico e diretora da Feira HIP na Espanha, compartilhou sua visão sobre as tendências atuais e futuras do setor gastronômico durante sua conferência na Expobar 2024, evento realizado em Bogotá pela Ordem dos Advogados da Colômbia (Asobares).
Com vasta experiência na área de consultoria e formação de marketing para restaurantes, gastrobares e discotecas, Erika destacou a importância de se adaptar às novas exigências dos consumidores e de criar experiências que superem as expectativas.
«Feliz por estar mais uma vez na Colômbia, é um país que amo. Na verdade, penso que das conferências que dou pelo mundo, o país que mais visitei é este. O que adoro na Colômbia é que, aconteça o que acontecer, é sempre possível progredir. E isso se reflete na forma como devemos abordar nossos negócios: focar em agregar valor”, afirmou.
Erika iniciou sua intervenção refletindo sobre como os empreendedores devem questionar constantemente se o seu conceito está realmente proporcionando algo significativo aos clientes. «No final, o que temos de fazer é acrescentar valor. Quando dou palestras gosto de gerar reflexões nas pessoas que estão ouvindo. “O meu negócio está realmente contribuindo para o bem-estar dos clientes ou estou simplesmente oferecendo comida e bebida?” se destacou.
Para exemplificar a importância da experiência, Erika relatou uma situação simples mas reveladora: «Vamos imaginar que estamos com um frio terrível, cansados e queremos tomar um café. Entramos num lugar, pedimos um café e nos trazem uma bebida que não atende às nossas expectativas. O que sentimos? Desapontamento. “É isso que acontece quando a expectativa da experiência não é atendida e por isso é fundamental superar as expectativas do cliente.”
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Neste sentido, o especialista sublinhou que no mundo competitivo de hoje, as empresas devem nivelar as expectativas dos clientes: “se não cumprirmos nem o mínimo que se espera de nós, o negócio não terá futuro”.
Entretenimento como pilar
Silva referiu ainda como o setor gastronómico está a evoluir para um modelo de entretenimento. «Estamos a entrar na era do entretenimento. As pessoas, depois da pandemia, estão mais ansiosas por experiências do que por comprar produtos materiais. “Você quer viver momentos únicos, seja comendo, bebendo, dançando ou curtindo um show no mesmo lugar”, explica.
O conceito de “gastronomia e entretenimento” ganha força, principalmente no caso das casas noturnas, que hoje oferecem cardápios gastronômicos para atrair mais clientes durante o dia. «Muitos restaurantes estão a ser transformados em locais de entretenimento. Em Espanha, por exemplo, os restaurantes agora abrem até tarde e as pessoas vão almoçar e depois tomam uma bebida”, comentou.
Sobre o uso das redes sociais, o consultor enfatizou a importância de gerar conteúdos atrativos e que possam se tornar virais. «Hoje em dia, um bom vídeo no Instagram ou no TikTok pode encher uma loja. “As pessoas querem fazer parte da experiência e as redes sociais tornaram-se uma ferramenta fundamental para atrair clientes e criar comunidades.”
Tendências emergentes
Entre as tendências emergentes destacadas por Silva estão as “novas emoções”. Os clientes procuram experiências que os transportem para outros mundos, como os vividos em videojogos ou em ambientes temáticos.
«As pessoas procuram mundos de fantasia e isso não se vê apenas nos restaurantes, mas também nos hotéis e outros negócios. O segredo é criar experiências que ofereçam algo diferente, como hotéis experienciais ou terraços com formas inusitadas”, acrescentou.
Esta tendência para a criação de mundos alternativos está a transformar não só o sector da restauração, mas todos os aspectos do entretenimento e do turismo.
A concluir, afirmou que o futuro do sector gastronómico e de lazer está na capacidade de adaptação às novas exigências dos consumidores. «O que devem fazer é estar atentos às novidades e gerar sempre experiências que surpreendam o cliente. Lembre-se de que entretenimento e emoção estão no centro do que as pessoas procuram hoje. Não se trata apenas de vender um produto, mas de criar momentos que os clientes não esquecerão.”
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